Luís Alves Coelho Rocha nasceu em Loreto (MA) no dia 6 de julho de 1937, filho de Raimundo Alves Pereira da Rocha e de Maria Coelho Barros da Rocha.
Fez seus estudos secundários no Ginásio Balsense, em Balsas (MA), no Liceu Maranhense e no Colégio do Estado, os dois últimos em São Luís. Nesse período foi diretor da Casa do Estudante Secundário do Maranhão e presidente da União Maranhense dos Estudantes Secundaristas (UMES), também na capital do estado.
Pecuarista, foi também mestre-escola em Balsas e encarregado do serviço de comunicação da paróquia da cidade. Ingressou na política como secretário regional da União Democrática Nacional (UDN) e, nessa legenda, elegeu-se vereador à Câmara de São Luís em outubro de 1962. Assumiu sua cadeira em fevereiro do ano seguinte, tornando-se líder da bancada de seu partido e presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Cursou a Faculdade de Direito da Universidade do Maranhão e foi um dos vice-presidentes da União Nacional dos Estudantes (UNE) na gestão de José Serra como presidente (1963-1964). Depois de formado em direito, fez um curso de administração municipal e foi bolsista do Ponto IV, nos Estados Unidos.
Após o movimento político-militar de 31 de março de 1964 que depôs o presidente João Goulart (1961-1964), a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 (27/10/1965) e a posterior instauração do bipartidarismo, filiou-se ao partido de apoio ao regime militar, a Aliança Renovadora Nacional (Arena), do qual foi membro fundador em seu estado.
Em novembro de 1966 elegeu-se deputado estadual em sua nova legenda, assumindo a cadeira na Assembleia Legislativa maranhense em fevereiro de 1967, após encerrar o mandato de vereador no mês anterior. No mesmo ano tornou-se vice-líder da bancada da Arena e relator-geral da reforma da Constituição do estado. Naquela legislatura foi ainda presidente da Comissão de Constituição e Justiça e membro da Comissão de Orçamento e Finanças. Reeleito em novembro de 1970, sempre na legenda da Arena, tornou-se secretário-geral do diretório regional do partido e seu líder na Assembleia. Nessa nova legislatura manteve-se na presidência da Comissão de Constituição e Justiça e na Comissão de Orçamento e Finanças. Assistente de auditor do estado por concurso público, em novembro de 1974 elegeu-se deputado federal pelo Maranhão na mesma legenda. Assumiu sua cadeira em fevereiro do ano seguinte, após deixar a Assembleia Legislativa no mês anterior, e em abril tornou-se vice-líder da Arena na Câmara.
Em janeiro de 1977 foi espancado por 18 homens em São Luís, quando fazia levantamento de informações para um discurso que faria na Câmara a respeito de mordomias na administração do governador Osvaldo Nunes Freire (1975-1979). Nessa legislatura foi presidente da Comissão de Trabalho e Legislação Social e suplente da Comissão de Minas e Energia da Câmara. Reeleito em novembro de 1978, ainda na legenda da Arena, com a maior votação do estado, no ano seguinte participou da comissão mista do Congresso encarregada de examinar o projeto de anistia política do governo. Com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a consequente reformulação partidária, filiou-se à agremiação governista, o Partido Democrático Social (PDS), sucessor da Arena. Nessa legislatura, foi membro das comissões de Trabalho e Legislação Social e de Agricultura e Política Rural e suplente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Em novembro de 1982 foi eleito governador do Maranhão na legenda do PDS. Concluindo seu mandato na Câmara dos Deputados no fim de janeiro de 1983, assumiu a chefia do Executivo maranhense em março seguinte.
A não aprovação, em abril de 1984, pela Câmara dos Deputados, da emenda Dante de Oliveira, que restabelecia eleições diretas para a presidência da República, fez com que o sucessor do então presidente João Figueiredo fosse ainda eleito por via indireta. Existiam vários postulantes à condição de candidato pelo partido do governo. A falta de consenso quanto à forma de escolha provocou uma cisão no PDS e os dissidentes formaram a Frente Liberal. O PDS realizou sua convenção em agosto, tendo como remanescentes da disputa interna o deputado paulista Paulo Maluf e o então ministro do Interior, Mário Andreazza. O governador Luís Rocha apoiou Andreazza, que foi derrotado por Maluf.
O resultado da convenção pedessista aumentou o contingente de dissidentes que aderiram à Frente Liberal, o que também ocorreu com Luís Rocha. Enquanto isso, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e a Frente Liberal, reunidos na Aliança Democrática e apoiados pelos demais partidos de oposição, com a exceção do Partido dos Trabalhadores (PT), já haviam lançado Tancredo Neves e José Sarney como candidatos, respectivamente, à presidência e à vice-presidência da República. Luís Rocha apoiou Tancredo, mesmo tendo havido uma tentativa do presidente João Figueiredo de convencê-lo a apoiar Maluf. No Colégio Eleitoral, reunido no dia 15 de janeiro de 1985, Tancredo derrotou Maluf. Porém, a doença do presidente eleito na véspera de sua posse conduziu Sarney, em caráter interino, à presidência da República no dia 15 de março. No mês seguinte, com a morte de Tancredo, Sarney foi efetivado no cargo.
Com a transformação da dissidência do PDS que apoiou Tancredo em agremiação política, o Partido da Frente Liberal (PFL), em maio de 1985 Luís Rocha filiou-se à nova legenda. Permaneceu à frente do governo maranhense até março de 1987, quando foi sucedido por Epitácio Cafeteira.
Luís Rocha retirou-se, então, da política, abrindo espaço para um de seus filhos. Passou a cuidar de suas fazendas no sul do estado e construiu um shopping center na capital maranhense. Voltou a concorrer a um cargo eletivo em outubro de 1988, quando disputou uma cadeira na Assembleia Legislativa, na legenda do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), mas não conseguiu se eleger.
Permaneceu mais alguns anos sem mandato eletivo, até que em 1996 se candidatou à prefeitura de Balsas. Eleito, assumiu o cargo em 1º de janeiro de 1997, quando também passou a presidir a Federação dos Municípios do Maranhão. Permaneceu à frente da prefeitura até 31 de dezembro de 2000.
Faleceu em São Luís, no dia 8 de março de 2001.
Era casado com Teresinha de Jesus Coelho Rocha, com quem teve quatro filhos. Um deles, Roberto Coelho Rocha, foi eleito deputado federal pelo Maranhão em 1994, reeleito em 1998 e em 2006. Um outro, Luís Rocha Filho, foi efetivado deputado federal em 2007, na vaga deixada por João Castelo.
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