17/10/2019

30% A MENOS! FOI O QUE BRASÍLIA DESTINOU PARA AS PREFEITURAS DO MARANHÃO NO FPM DE OUTUBRO

 
O repasse da União em 2019 não tem acompanhado o crescimento das despesas na administração municipal e os prefeitos se vêem numa situação financeira cada vez pior. O Fundo de Participação dos Municípios – FPM, principal fonte de repasse das cidades, para o mês de outubro tem previsão de queda de 30% em relação ao mês de outubro de 2018, de acordo com estimativas divulgadas pela Secretaria do Tesouro Nacional.
As prefeituras terão muitas dificuldades para honrar seus compromissos com a folha, despesas de custeio, fornecedores etc. Além desses fatores, as despesas de custeio da administração pública têm aumentado cada vez mais, devido aos reajustes anuais dos preços. O índice de inflação anual acumulado já chega a quase 4%, tornando cada vez mais difícil para os gestores municipais arcarem com as responsabilidades e cumprir a lei de responsabilidade fiscal.
Neste momento, dezenas de prefeitos maranhenses estão em Brasília para organizar as pautas da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), e foram surpreendidos com a informação da queda brusca do FPM na primeira parcela do mês de outubro.
Por conta da péssima surpresa, os prefeitos realizaram uma reunião com o presidente da FAMEM, Erlânio Xavier para discutir a queda brusca da primeira parcela do FPM.
“A queda chega a 30% do FPM em relação a outubro do ano passado, que já foi muito baixo. Com esses recursos que estão caindo nos cofres das prefeituras no dia 10, a situação da maioria dos municípios é crítica e poderá haver atraso de salários. Os prefeitos foram pegos de surpresas, mesmo os que tem as contas equilibras terão dificuldades imensas para manter os compromissos em dia”, lamentou o prefeito de Igarapé Grande, Erlânio Xavier.
Idan Torres, prefeito de Santa Filomena, também mostrou preocupação com as sucessivas quedas nos recursos do FPM.
“Para nós prefeitos é uma luta bastante difícil manter os pagamentos dos servidores e fornecedores em dia, com toda a responsabilidade e ainda investir em obras e melhorias no município. Estamos preocupados com essas sucessivas quedas nos repasses do FPM, e vamos ainda sentar para ver o que pode ser feito para que ninguém, servidores, fornecedores e, principalmente, a população fique prejudicado por essas decisões equivocadas da ala econômica do governo federal”, disse Idan Torres.
Já o prefeito Maninho, de Alto Alegre do Maranhão, está apelando para as forças divinas para manter os compromissos em dia.
“Agora é apelar para Deus, para que nosso Pai nos dê sabedoria de como vamos administrar tantos encargos, que todo dia crescem, com esses recursos que vão diminuindo a cada mês. Que Deus tenha misericórdia dos prefeitos, porque a situação vai ficar preta em outubro”, disse o gestor de Alto Alegre do Maranhão.
Aluisinho do Posto, prefeito de Esperantinópolis, não mostrou surpresa com os valores abaixo do esperado pela maioria dos gestores.
“Não fico surpreso, porque o município de Esperantinópolis é um dos que mais sofrem com a diminuição injusta dos repasses, principalmente do FPM. Já perdemos talvez uns 10 milhões de reais desde que assumi o mandato. Essa é mais uma notícia que lamentamos, mas já esperava. É necessário que nós gestores arrochamos mais um pouco o cinto com despesas para evitar atrasos, demissões e paralisações em obras. As coisas não estavam boas para os municípios e com essa diminuição vão ficar um pouco pior, mas vamos em frente, aguardando que a partir de novembro, dezembro e 2020 tudo seja melhor para os municípios”, pontuou Aluisinho do Posto.
Prefeitos são recebidos pelo senador Weverton Rocha 
"Essas diminuições terminam caindo em cima dos prefeitos, que vivem na ponta, trabalhando, levando para o povo saúde, educação, serviços públicos, e essas munições só quebram em cima dos prefeitos", finaliza Erlânio Xavier. 
Conforme o Instagram da Famem, “Os prefeitos do Maranhão estão em Brasília para organizar as pautas da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), entre elas a partilha da Cessão Onerosa. Visitar o Senado e a Câmara Federal para verificar a distribuição para os municípios. E vão finalizar com uma visita ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para discutir o andamento de obras que beneficiarão a população do Estado.
CARLINHOS FILHO
 

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